segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Não há nada pra escrever,


Porque nada aconteceu.

Ao menos que leve em consideração
O frio na barriga que me acometeu,
Nessa ingrata mania do meu coração.
De se apaixonar de repente
Por qualquer ilusão.

E não dá pra descrever
Essa minha inquietação
De desejar que siga em frente,
Mas é sempre prudente
O meu singelo "não"!

Talvez tenhas medo de emoção
Pois vives, por ser maldoso demais
ou por apenas diversão,
A arrumar-me amores irreais,
Que nunca germinarão.

Amores platônicos,
Amores de verão,
Amores não correspondidos,
Amores de ficção.
Apenas para estar entrertido.

Mas eu estou cansado dessa imprecisão,
Dessa liberação de hormônios
Pra ser tão descartável a paixão.
É o amor genuíno que eu aguardo em sonhos,
Mas esse alado não se apega ao chão!

Se apega a qualquer sorriso frouxo
Sincero ou não!
Mas é como eu disse, nada aconteceu,
Sem nenhuma decepção.
Foi só mais um sentimento que nasceu,
Acompanhado de uma nova abnegação!

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Enganos



Eu que nunca tinha vivido antes,
Achei que os amigos de infância, lá ficavam,
Que sempre tinhamos que permanecer distantes.

Que os grandes problemas não se dissipavam,
Que o primeiro amor era o mais marcante
e os amores juvenis não se esgotavam.

Ah, como eu era ignorante!
Pensei que todo erro era irreparável
E todo acerto atenuante.

Eu que me achava imutável
Descubro agora confiante,
Que o mundo não é assim tão estável.

Que os destinos são como diamantes.
Mas que derretem  e se desgastam
Ao calor da minha escolha irrefutável.

Ser o mesmo é tão massante,
O futuro não é como pensaram,
Mas, por favor, ainda é muito afável!

domingo, 21 de outubro de 2012

Uma digna tarefa

                                                         Foto: Fernandes Pinho

Você me disse que eu poderia contar com você,
Mas nunca levava a sério o que dizia.
Enquanto meu coração se aquecia
Eu já me preparava pra te perder.

E quão surpreso eu ainda fico
Quando depois de tanto tempo ainda o vejo,
Me alimentando dos seus sorrisos,
Ainda escutando os seus conselhos.

As histórias mais simples que foram divididas,
Felicidade mede-se pelos amigos que se tem,
Essa união recíproca não apenas se mantêm,
Mas aumenta quanto mais é vivida.

Hoje eu só preciso de conforto,
Não pedirei que escute o meu discurso chato:
Dê cá logo um abraço,
Seque as lágrimas do meu rosto,

Não confiaria isso a mais niguém.

sábado, 29 de setembro de 2012

Fim do Inverno!


Foto: Michel Costa



A grama quase morta,
Os troncos negros,
A nuvem que não chora,
O clima seco,
Ipê Roxo já deu sua flora,
Mas ainda é cedo.
No céu noturno mora
Um orbe cheio,
Que se tingiu de rosa
Ou de vermelho?
          Sucupira pintou inteira
          De violeta a sua copa,
          Esperando a nova obra
          Do "pássaro carpinteiro".
          O Bem-Te-Vi tão belo descansa
          Num Ipê Amarelo que se desmancha,
          Coloriu de repente o Cerrado,
          E eu já nem ligo pros meu lábios rachados,
          E estas flores de véspera,
          Em silêncio caindo,
          Anunciam no final de Setembro
          Chuvas de primavera 
          Que vem vindo!



Foto: Alerrandro Jorge

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Asfixia


As sereias emergem do mar
Cantando liras de amor só pra provocar,
Já têm seus tristões
E tão fiéis que são, não abrem excessões.

As ninfas que fogem dos bosques
À vigília dos faunos fortes,
Eu não me arriscaria.

Mas por aquela deusa egípcia,
De cabelos lisos esvoaçantes,
Causaria a ira dos deuses infantes!
Mas não sou seu amado.

Cada princesa já tem seu sapo,
Enquanto eu me mantenho em asfixia,
Provando a agonia de ser
Um eterno enamorado.

domingo, 15 de julho de 2012

Charlatão!


Com ar profético eu escrevo,
Como quem escolhe em catálogo o futuro:
Antes de qualquer coisa o melhor beijo,
Que valha mais do que tudo.

O desejo de conhecer o mundo,
Mas que comece pela Índia,
Que eu termine meus estudos
E que essa fé inabalável eu ainda sinta.

Como charlatão de búzios, cartas e pedras,
Leio as aventuras que ainda irei passar:
Me vejo pulando de paraquedas,
E que o aparelho funcione na hora de pousar!

Me vejo subindo montanhas, mergulhando em rios,
E que nunca falte uma mão pr'eu segurar,
Como um desvendador de sonhos de olhar frio,
Descubro maravilha que ainda acontecerá.

As melhores companhias que eu poderia desejar,
Uma fênix pousando em meu ombro,
Um céu diferente de Sol e luar,
Uma flor que cresce em escombros.

Um prêmio por saber amar,
Gratificação imaterial,
Mas dinheiro não faltará,
Nem ficção sobrenatural.

Um livro pra escrever,
Outro pra gravurar,
Novos sonhos conceber,
Novos planos pra traçar.

Arquitetura que inspire a mudança,
Um passo de uma nova dança,
Em acordes que eu escolher,
Tocar pro prazer.

Vejo semente que brota forte
E uma bela festa,
Alegria que dirão ser por sorte,
Mas eu saberei a razão desta.

Um jardim enorme como Versalhes,
Um saco de palavras novas na cabeça,
Que não seja inevitável rimar amor com dor,
Mas acho tão lindo quando o fazem.

Voltando da experiência transcendental
Uma música calma me entrerte,
Acho melhor viver o presente,
Que é pra não estragar o final.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

É destino amar

Em devaneios de noites de solidão
Procurando a cura pra carência,
Encontro uma face da inocência:
Um amor sem explicação.

Não sei quem és, mas já te amo de hoje,
Peça futura que ainda não conheci,
Inauguro os sorrisos que darei para ti,
Um sentimento não meu, mas como se fosse.

Abre-se espaço no meu coração
Com  medo de não caber,
Mas quando eu te perceber
Renovo a decoração.

Jogo fora caco velho,
Tranqueira que não serve pra nada,
Crio uma nova morada
A um amor sério.

Algo novo que nunca passaras
Tão forte que consegui até previr,
Não sei se uma filha, amiga ou esposa que vi,
Mas saberei quando se apresentares.

No futuro de certo não saberei explicar
Essa felicidade grandiosa e súbita,
Te escrevo agora para não restares dúvida,
De que fui feito pra te amar.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Retrato de Amor Do Passado





Crédito: NASA, ESA

Olhando para todas essas estrelas,
Eu simplesmente imagino:
Qual será o meu Sol?
Que me iluminará de dia
E me aquecerá no frio.

E de que maneira posso tê-la,
Guarda-la no meu íntimo,
Como um particular farol.
Que será a minha guia,
Num mar revolto, ardil.

E por esperá-la tanto,
Foi criando um tamanho astronômico
Esse sentimento que não é real mais.
Se me visse aposto que saberia,
Que ela é como vela acesa que me conduz
E talvez não se apague jamais.

Mas o que eu olho e amo
É um brilho anacrônico
O que ela foi tempos atrás.
A distância que nunca nos separaria,
Ela com aquela velocidade da luz,
Ainda é lerda demais.

sábado, 21 de abril de 2012

Brasília em minhas mãos



"Os que moram em Brasília moram confortavelmente, em apartamentos bons, com bons serviços. Mas os que moram nas cidades-satélites estão completamente abandonados. É horrível, uma grande favela. É um contraste que nós, arquitetos que nos interessamos por problemas políticos, não podemos aceitar."

Oscar Niemeyer

O traço pode ser do Niemeyer, do Lúcio,
Mas foram minhas mãos
Que encheram de concreto,
Que alisaram até que ficasse certo,
Que se encheram de calos, de pó,
Que se feriram,
Tolos, viemos do país todo,
Vivíamos e construíamos o sonho,
Que não era feito para nós.

Brasília, essa senhora de 50 e tantos,
Só me recebe bem  de vez em quando,
Já caduca, cheia de atos falhos
Convidou-me para sua festa de aniversário,
Mas nunca decorou meu nome
Só o número da minha carteira de trabalho.

Só não se esqueça, velha ingrata,
Que foi a minha força que curvou teu aço,
Pouco me importa a sua depressão pós-parto,
Seja mãe e não madrasta.
Vestida de gala, esperando legiões de visitas,
Ignora as filhas, regiões administrativas.

Ninguém negará a beleza de suas formas
E a ideologia que elas representam,
Todos já perdemos o ar com suas linhas tortas,
Maravilhando-nos à sua presença,
Mas muito de amor já se tem falado
E a minha simpatia se cansou com o seu descaso.

Eu sou jardineiro,
Não mereço morar numa cidade jardim?
Eu sou pedreiro e não há monumentos aqui
Nossas praças não me chamam atenção.
Minha casa é mais uma da invasão,
Esperando ser legalizada,
Ser asfaltada.
Educação, saúde, segurança,
É pedir muito Capital da Esperança?
Residir e não amar é triste,
Eu moro numa cidade satélite.

Numa irônica e anacrônica verdade,
Meus filhos sofrem a sina que a geração ultrapassa,
Enchendo ônibus de sonhos e humildade.
Tendo as oportunidades tão longe de casa.
Saía BSB, da tua área de tombamento e perceba:
É o teu povo que é Patrimônio Cultural da Humanidade.

Eu quero ver Brasília em:
Planaltina, Cruzeiro, Itapoã, Brazlândia,
Taguatinga, Núcleo Bandeirante, Candangolândia,
Santa Maria, Samambaia, Gama, Ceilândia,
Sobradinho I, Riacho Fundo II,
Sobradinho II, Riacho Fundo I,
Vicente Pires, Guará, São Sebastião,
Recanto das Emas, Paranoá, Varjão,
Eu quero Brasília ao alcance de minhas mãos.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Quando eu crescer...



Ainda consigo ver aquele menino em mim,
Mas o tempo que me instruiu também me mudou.
As semanas divertidas que chegavam ao fim
Me deram um novo rosto.

Agora que eu já sei definir quem sou
Resta saber quem amo.
A barba que era meu orgulho
Hoje é só mais um incômodo.

Passada a puberdade e suas complicações,
Eu prossigo sem perceber:
A falta que me faz.

A metamorfose se completa sem grandes revelações,
Agora que eu ja sei o que vou ser,
Ninguém me pergunta mais.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Mulher

(Arte Jean F Souza)


Com graça e delicadeza
Tece o seu dia.
De unhas com purpurina,
Tenta com destreza
Driblar a supremacia
Injusta e masculina.

Carregam no ventre
Um novo amanhã,
Carrega o vento
Seus sonhos adiados,
Um novo sorriso pinta a manhã,
E novos sonhos feitos em curto prazo.

Guerreira,
Canta a vida em novo tom
E com todo gás.
Faceira,
Retoca o batom
Pra deixar a vida mais sagaz

Se anima
Em meio a preguiça mórbida
De segunda-feira.
Sorri
Mesmo morrendo de cólica
E se achando feia.

Não se contenta
Em ser musa inspiradora,
Quer ser poetisa.
Não se contenta
Em ser carona,
Tem que ser a motorista.

Organizada e inteligente,
Amada ou solitária,
Fazem o mundo
Um pouco mais cor-de-rosa,
Fazem o verso sair da prosa
Pra dar na vida uma guinada.

São mães, são carinhosas,
São garotas dadivosas,
Companheiras na hora do tormento.
Singelas e complicadas,
Fortes e fracas,
Tudo isso ao mesmo tempo.


Fazem o que querem
Na hora que quiserem,
Com seu charme e jeitinho de falar
Tem o mundo nas mãos,
Desejam apenas equiparar-se
Com sua justa ascensão.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

CRôNICAS DE PLANALTINA


 (Imagem ilustrativa)
ONTEM O MEU ÔNIBUS NÃO PASSOU, e há quem lerá isso e discordará:
“ - Como não eu mesmo vi ônibus escrito ‘planaltina’ no letreiro saindo do ‘Plano-Piloto’ ontem à noite.” Mas ao que eu me refiro, leitor, são aos ônibus do Arapoangas e do Vale do Amanhecer, sim,  eles também fazem parte de Planaltina embora não precisem estar com o nome da cidade no letreiro. São os bairros mais afastados. Esquecidos?
Moradores do Arapoangas e do Vale do Amanhecer universitários/ trabalhadores em Brasília, tem que descer todos os dias para pegar ônibus no Eixo, ao menos os do período noturno, (é perda de tempo esperar na W3).  Esperam seus respectivos ônibus sucateados, que tantas vezes já quebraram no caminho, que tantas vezes passaram da parada por mau funcionamento do sinalizador, mas esperam que pelo menos estes passem, quem precisa dos ônibus do Vale a situação ainda é mais crítica, são raros, é quase um prêmio voltar para casa com o ônibus certo.
Mas ontem à noite nenhuma das duas linhas trafegaram, 22h30...  A parada já cheia esperava cansada os coletivos, não poderiam pegar a linha 600 (Aquela que está escrito PLANALTINA) porque quando chegam nas paradas da cidade não há mais circulares rodando. 23h ... Passa um carro e atira sobre as pessoas na parada papel molhado... por diversão. A parada fica muda, tentando entender o que aconteceu, e eu só espero que não nos confunda com mendigos (ou índios) da próxima vez. 23h30... Já não há mais habitantes de Sobradinho, nem Sobradinho II, nem nenhum outro canto do DF na parada, apenas os moradores do Arapoangas e do Vale, tão surreal que parece um flash mob., mas não tem graça alguma ninguém queria ainda estar ali, queriam estar em casa. 00h... Não há mais o que se esperar o ônibus não virá a alternativa é pegar um dos últimos ônibus escrito Planaltina, a linha 600.
Na parada da 112 Sul: Perguntam com resquícios de esperança ao cobrador e ao motorista se seus respectivos ônibus virão, e recebem uma resposta alentadora: “ - É certeza passa todo dia depois deste, tá lá no terminal, já já vai passar”. Mas quase ninguém acredita e preferem embarcar mesmo assim, e o que ele diria de todos os ônibus que já deveriam ter passado. Eu embarco também, e espero que aquele passe realmente para que os que ficaram na parada não acabem por dormir lá. E a cena se repete a cada parada, nada muda, exceto a confiança do cobrador: “ - O ônibus vai encher, o outro tá vindo atrás, mas não posso garantir”, e até que ela desaba, “ -  É, já devia ter passado por nós, só se ele foi pelo Eixão.”
A linha 600, cheia de ‘intrusos’ lota a sua capacidade, alguns dormem, leem, olham a paisagem da janela, ouvem música. Os que sentaram têm seus joelhos espremidos, pelos assentos nada ergonômicos (cadeiras muito próximas), os que ficaram em pé, lutam para assim permanecer, lutam contra o cansaço do dia, devem permanecer acordados. 01h... o coletivo entra na cidade em seu trajeto normal, em frente ao Jardim Roriz e faz a curva antes da Rodoviária em direção ao Setor Sul ao que se ouve um sonoro: “ -  Quem tiver indo para a Rodoviária desce aqui, este ônibus não vai para a Rodô.” Nenhuma objeção, a Rodoviária é deserta neste horário. Para uma Cidade Dormitório como Planaltina os circulares (micro-ônibus) param de rodar cedo demais 23h, sendo que tarde da madrugada ainda há coletivo lotado chegando do ‘Plano’.
 O ônibus se esvazia pouco a pouco, mas em uma parada em especial, a da Vila Vicentina, descem quase todos os passageiros, a parada mais perto de casa, ao que os Moto-taxistas ali apostos, não conseguem segurar o sorriso. E o passageiro que pagou 3 reais, ou o estudante com seu cartão de vale transporte, vão pagar mais caro para completar o pequeno trajeto que falta para chegarem em casa do que pagaram pelos vários quilômetros que os segregam de Brasília. Mas não há reclamação sobre os moto-taxis, é deles que muitos se valem, quando o governo os esquece, uns acordam parentes para que os busquem, esperam algum transporte pirata que possa estar fazendo linha de madrugada, ou vão a pé para casa.
ONTEM 16/02 O MEU ÔNIBUS NÃO PASSOU, o meu e o de centenas de moradores do Arapoangas e do Vale do Amanhecer, não foi a primeira vez, e arrisco dizer, não será a última enquanto o Megalomaníaco (leia-se Estádio Nacional) ainda estiver acima do Básico, (transporte, segurança, educação, saúde...).

PS. Há dois anos eu votei pela primeira vez e acreditei verdadeiramente, que a partir dele teria o poder de mudar algo na minha sociedade. Mas eu me enganei, não importa quem seja eleito, por inércia tudo fica parado no lugar, não importa que prato você escolha no catálogo do restaurante, a indigestão durará quatro anos de qualquer jeito. Será que isso um dia vai mudar?

domingo, 12 de fevereiro de 2012

You And I

(Arte: Jean F Souza )
 
"It's been a long time since I came aroundBeen a long time but I'm back in townAnd this time I'm not leavin' without you."

 "Já faz um bom tempo desde que eu chegueiJá faz um bom tempo mas agora eu volteiE dessa vez não vou embora sem você."

Lady Gaga

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Nascimento Inesperado

    Lavando a louça,
      Água pra todo lado,
  Senti molhar minha roupa,
    Iniciava uma dor suportável
       E uma leve dormência no braço,
Mas meu coração já batia rápido demais,
Escorrega um copo da minha mão instável
           E sua estrutura de vidro se desfaz
       Aquele sangue rubro já estava ali?
 Santo Deus, ou foi eu que me feri?
       Se aguente aí, minha filha,
       E eu nem tenho papel!
A bagunça fica pra depois
                As vasilhas também
            Não consigo aturar a dor
                    De retardar esse neném
                    Quer tomar ar, sair de mim,
          O que você tem em mente, faceira?
        Onde eu estava com a minha cabeça?
         Mas agora eu estou sozinha na cozinha
                   Sem toalha, água quente, caneta.
                    Do que se precisa nessas horas?
                     Mas ela está ali querendo sair,
       Com receio, pois não está no horário.
             Saí arrancando minhas vísceras,
          Seria um aborto involuntário?
         Mas respira, eu posso ouvir,
Bem vinda a Terra, pequena!
               Nasce um novo poema
                Como uma filha pra mim.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Feliz 2012 Amigos,

     Eu tive um belo ano e o mais legal é que eu não esperava por nada,
 é claro que iniciei 2011 torcendo para que tudo desse certo. Mas pela primeira vez eu não sabia nada do que o ano me reservaria, estudei litros, anos, para passar em alguma faculdade, e mesmo não tendo certeza sobre que curso eu faria ou quem seriam meus colegas eu me entreguei ao ano e confiei em Deus, sabia que ele me reservava incríveis surpresas, me sentia merecedor de cada alegria que viesse a surgir e preparado para cada desafio.
     Eu consegui bolsa no curso que eu queria: Arquitetura,  em uma universidade conceituada e estava embasbacado por ser real, conheci pessoas maravilhosas e continuo com os meus grandes amigos do ensino médio, e alguns persistentes do Ensino Fundamental.
    Não saio muito de casa, mas estive em eventos memóraveis com as pessoas que realmente importam. Ninguém vai me tirar a sensação fantástica de estar em um show do Rappa cantando " me deixa, que hoje eu tô de bobeira, bobeira!". Ganhei um presente marcante, um afilhado, com ele me vieram responsabilidades, um prazer de se reconhecer importante na vida de outros, foi a primeira vez que eu me senti adulto de verdade, não pelo fato de ter feito 18, por perceber que os primos se tornaram tios, eu me tornei padrinho, e nada será igual.
     O curso que eu escolhi se tornou uma obcessão eu me reconheço nele, eu sei que nasci para ser arquiteto, mas pra um tantão de outras coisas também, rsrsrs eu ainda quero me formar em artes plásticas quando eu terminar esse curso para me satisfazer por completo.
     Conheci exemplos de vida, inspirações que a partir desse ano eu vou levar pra sempre, a começar pelos meus novos professores; os autores dos livros que eu li, a destacar aqui: a Elenita, (www.acasos
afortunados.com/) que tive o prazer de conhecer, e perceber que estava certo, ela é uma pessoa interessantíssima e escreve lindamente. E o cara de quem me tornei fã, Eduardo Spohr (filosofianerd.blogspot.com/) É um dos maiores escritores de ficção da literatura brasileira atual e um ser extremamente simpático e humilde, participei de um bate-papo em Brasília sobre o laçamento do seu novo livro: Filhos do Éden. Inesquecível.
      Esse ano eu decidi revitalizar o meu blog, eu não escrevo muito, mas para 2012 eu quero escrever mais e postar aqui mais trabalhos gráficos que faço também, espero que possa contar com vocês para me motivar, se depender da galera que eu conheci aqui esse ano, estou em bons lençóis, agradeço aos meus simpáticos e amigos 14 seguidores, que se tornaram espelhos de garra e determinação, tô sempre nestes blogs quando quero espairecer e ler coisas que valhem a pena, e estréio com este um novo tipo de postagem, com cara de diário, desabafo, se me escondo nos meus poemas eu vou me mostrar, para que vocês me conheçam melhor.
      Finalizo o ano  dando entrada na minha carteira de motorista, será uma realização pro ano que vem, como tantas outras, agora está tudo mais calmo para realizar essa conquista, financeiramente falando, a propósito, não estou trabalhando, mas quero estar o ano que vem, contanto que não atrapalhe meus estudos, quero alinhar minhas prioridades ainda agora no começo do ano, para que eu não deslize em questões essenciais.
     Eu quero escrever mais contos esse ano, não desmerecendo os poemas, e rascunhar algumas páginas de um futuro livro, que eu não tenho a mínima idéia de como será, porém assim que é bom, quando eu souber vou trabalhar duro nele, parte é dom, outra parte é trabalho incessante (não é uma dica minha é de quem entende do assunto). Me surpreenda 2012, estou a fim de me redescobrir, me confronte com seus dilemas, não tenhos as respostas, mas vou descobrir.

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